quinta-feira, 31 de julho de 2008

Curitiba ganha prêmio de alfabetização da Unesco

O programa ALFABETIZANDO COM SAÚDE da Prefeitura de Curitiba é o vencedor do prêmio Internacional de Alfabetização da UNESCO. A decisão foi ontem, em Paris, no final da tarde. A notícia foi recebida nesta manhã pela coordenadora do programa, a assistente social, Marisa Giacomini. O critério, de acordo com os integrantes do júri internacional das Nações Unidas, foi o "pelo sucesso do programa ao longo dos anos e pela verdadeira colaboração entre os órgãos municipais de Saúde e Educação da Cidade de Curitiba", destaca o texto divulgado agora pela manhã no site www.unesco.org

terça-feira, 29 de julho de 2008

Curitiba na United Nations

I programa Alfabetizando com Saúde desenvolvido pela Prefeitura de Curitiba que já foi implantado em Moçambique, recebe pela segunda vez, indicação à premiação das Organizações das Nações Unidas. Desta vez foi a única candidatura brasileira indicada pelo Itamaraty para o prêmio UN Priorities In Education - Unesco/Paris. Da primeira vez, o programa ficou em terceiro lugar para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). A informação é da coordenadora do programa, a assistente social, Marisa Giacomini. Criado em 2002 e desenvolvido somente por voluntários, o programa indica o caminho para adultos que freqüentam as unidades municipais de Saúde possam atingir o mundo das letras, do conhecimento e sobretudo, "para não errar na hora de ler a bula do remédio".

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O VERDE DA MIDORI

Tem gente que vai à praia, curte sua casona, casinha, mansão, mansinha, seja qual for. Presta a maior atenção no mar, na cor da água, se está azul, verde, verde-esmeralda, turva, se tem cocô, se tem esgoto clandestino, se está poluída por combustíveis dos navios, se a areia está limpa, se a prefeitura local cuidou (não cuida) da paisagem, etc. Essa gente contrata pessoas para limpar suas latrinas, tirar o bolor, passar aquela querosene no chão, tirar o limbo da maresia das vidraças, tirar as traças, aparar a grama do jardim, até para comprar aquela cervejinha e colocar na geladeira, para quando chegar lá, esteja tudo em cima. Tudo limpinho, cerveja gelada, carvão comprado. Só alegria. Esses veranistas que têm olhos e ouvidos atentos para as belezas do mar e para seu próprio “metro quadrado” (metros e metros quadrados), só não percebem que do outro lado da rodovia, onde não tem a beleza do mar, tem a feiúra da pobreza e do abandono. Pessoas que fora da temporada têm quase nada e na temporada ficam com as migalhas. Mas não recebem, nem às migalhas, o carinho dos veranistas, tampouco o respeito deles. Mas a esperança é verde e o amor é vermelho, vermelho da cor do coração da minha amiga veranista Midori Magagnin, do Balneário Atami Sul. Aliás, MIDORI em japonês é VERDE. Ela abre mão do conforto e da esbanjação para repartir com as crianças e famílias inteiras da Vila Nova, do Barranco e do Itatiaia. Ela, como integrante da diretoria da Associação do Balneário Atami Sul, não só emprega somente pessoas da redondeza, como também repassa a todos, seus ensinamentos cheios de sensibilidade oriental. A última que ela aprontou: montou uma banda/sinfônica com as crianças que vivem próximas ao balneário. Arrecadou instrumentos, improvisou, fez bingo. Vale tudo por amor ao próximo. “A idéia é mostrar aos politiqueiros, que essas crianças existem e que precisam de ajuda dos órgãos públicos com escolas, creches etc e tal”, diz ela que também já se tornou uma ativista em defesa do azul do mar, do verde da vegetação, do colorido dos pássaros e do vermelho do amor. Salve verde, Salve Midori.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Viciados em comprar

Deu no site da BBC BRASIL - O hospital da Universidade de Erlangen, no sudoeste da Alemanha, anunciou ter desenvolvido uma terapia bem sucedida para tratar pessoas viciadas em fazer compras. Quase metade de um grupo de 60 pacientes tratados conseguiu controlar a compulsão excessiva para compras, mesmo seis meses após o fim do tratamento. Oneomania (mania de comprar), é o nome da doença que se caracteriza pela compulsão em comprar coisas desnecessárias em excesso e até repetidamente. Estudos dão conta de que a pessoa quando compra, tem sensações prazerosas – como forte excitamento e felicidade, mas em seguida cai na profunda ressaca do arrependimento. Por isso a patologia está associada ao vício. Os oneomaníacos têm o consumo como vício, assim como um alcoólatra que necessita da bebida. Enquanto está comprando, a pessoa sente alívio e prazer dos sintomas, que passado um tempo voltam rapidamente. O efeito do ato de comprar é semelhante ao de tomar uma droga. A doença atinge mais as mulheres.

Jornalista - um escritor menor

Um especialista em nada, que escreve sobre tudo. Sempre que me pedem para escrever sobre “ser jornalista”, acho que não vou conseguir fazê-lo. Não depois de ter lido, Cláudio Abramo (1923-1987). Comecei no jornalismo exatamente três anos antes dele morrer. Foi muito triste porque quando o havia escolhido para ser meu “guru” secreto, ele morreu. Mas logo em seguida, seus familiares e amigos deram um jeito de perpetuar alguns de seus escritos.
Porque citei no começo deste artigo, meu colega Cláudio Abramo? Por que bem na hora em que pensei em começar este texto citando Fernando Pessoa, me lembrei de Abramo, de um artigo escrito por ele em Londres (como correspondente) e publicado na Folha de São Paulo em 12 de março de 1982. Não li um artigo à época, mas tive o prazer de ler este, e muitos outros, na coletânea, A Regra do Jogo, publicada um ano depois da sua morte pela Cia das Letras (1988).
No artigo - Criadores e Criaturas - assinado como “John Poison” – Abramo que era espirituoso e dono uma ironia fina – ele começa perguntando, “como um escritor constrói seus personagens”? Mais adiante ele confessa: “eis algo que sempre me fascinou nos romancistas”. Para ele o jornalista é incapaz de escrever uma linha que não tenha pelo menos uma ligação com a realidade. Nesse artigo Abramo, que cita Flaubert, Balzac, Dostoievski, Stendal, Melville – destes dois últimos confesso, nada conheço – afirmava sua admiração pelos escritores que conseguem criar tramas, enredos e personagens com abundância detalhes e riqueza circunstancial.
Como jornalista, concordo Fernando Pessoa quando ele dizia que “jornalista é um escritor menor”. Nem sei quantas vezes, assim como Abramo, eu tive inveja dos escritores que podem criar e matar seus personagens, porque são os donos da história. Ao jornalista isso não é permitido. Ele simplesmente é um contador de histórias, nem sempre boas.
Mas a inveja que sinto dos escritores não é exatamente porque são fantásticos com as palavras, driblam, brincam e fazem delas o que querem e o fazem bem. Não é exatamente por isso. É por isso também, mas talvez porque em muitos momentos fiquei tentada a dar uma “torcidinha” na realidade, sobretudo quando esta não soava tão interessante, sob meu ponto de vista claro, para o público leitor. Mas a vontade vinha e passava rapidamente. Era preciso e é preciso afinal ser simplesmente jornalista, que não é exatamente uma profissão, mas uma “ocupação” (novamente plagio meu colega Cláudio Abramo). Embora prefira a definição de outro colega falecido, Paulo Francis que dizia que “jornalista não é profissão, nem ocupação é carreira”. E para ficar um pouco diferente desses dois ídolos da minha carreira jornalística, diria que ser jornalista é não ser especialista em nada para poder escrever sobre tudo. Nossa, acho que agora peguei Nietzsche e misturei com Sartre e...
O jornalista é um cidadão como outro qualquer. Não deve fazer nada diferente que outro cidadão não faça. O jornalista, o médico, o professor, o advogado, nenhum destes tem uma ética própria. Isso é mito. Meu colega Cláudio Abramo, que inveja, ele escreveu novamente primeiro do que eu, que “a ética do jornalista é a ética do cidadão”. Por isso então o jornalista é um cidadão como outro qualquer, ele igualmente se forma de acordo com as idiossincrasias do próprio meio, e assim o seria se tivesse ele escolhido outra profissão, ou melhor, “carreira”. E como em toda profissão ou carreira, o jornalista tem limites e seus limites são os limites do cidadão. Por isso o discurso de que o jornalista deve ser imparcial é pura bobagem. Deve, repito como qualquer cidadão ter sim uma postura, posição, ideologia política. Seus artigos, ainda que escritos na terceira pessoa, dentro de um estilo próprio que a narrativa jornalística exige, podem sim conter opinião. Para isso, o jornalista deve ser perspicaz. Deve fazer isso de forma bem sutil porque muitas vezes nem o dono do jornal, nem o leitor está interessado na opinião de quem escreveu a matéria (o texto jornalístico).
Escrever um texto jornalístico para mim é o mesmo que “chover no molhado”, é contar, com clareza, objetividade, numa linguagem adequada, como as coisas aconteceram ou acontecem. Nada mais, além disso. Alguns cuidados porém, devem ser tomados pelo jornalista na hora de produzir seu texto: cuidar para não ser tendencioso, nem preconceituoso, evitar a chatice maniqueísta e não pensar que é o dono da verdade, nem tampouco poderoso porque será ele o primeiro a espalhar a notícia, ou a fofoca, dependendo do caso; ou a catástrofe, a tragédia humana. Claro que há diferentes narrativas. Existem aquelas matérias corriqueiras do dia-a-dia, quando os jornalistas descrevem o fato sem muito desdobramento, podendo também ir mais fundo na investigação; e há a reportagem mais narrativa. Esta depende mais do narrador do que propriamente dos fatos. Depende muito do poder de observação do narrador.Mesmo trabalhando numa assessoria de imprensa ainda me emociono e me empolgo com meu trabalho. Na verdade sou uma profissional privilegiada dentro daquela assessoria porque me deram uma função muito bacana – sou “repórter especial”. Faço matérias mais elaboradas, tenho mais tempo para pesquisar e, posso escrever com um pouco mais de liberdade para “criar”, se é que isso seja possível numa assessoria de imprensa. Porém, não resisto em confessar, já tive “melhores anos” na minha vida/carreira/correria de jornalista. Bem, isso é assunto para outro artigo.

PQP No horario eleitoral gratuito da tv

Já pensou! o candidato na televisão, no Horário da Propaganda Eleitoral Gratuita, afirmando: "...nós, do pequepê, queremos o Poder para poder poder. Porque só tem poder neste país quem tá no Poder. Então, povo, pare e pense que você também pode. Filie-se ao PQP e passe a exercer o seu poder. Ou filie-se ao PQP e ponha o p... na mesa. Filie-se ao PQP e não leve mais desaforo pra casa.

PQQP - PARTIDO DOS QUE QUEREM O PODER

Estava pensando em criar um partido político e, na minha santa ignorância (para não dizer ingenuidade), achei que bastava ir ao cartório de títulos e documentos, estabelecer uma pessoa juríudica, registrá-la e estava tudo consumado. Pronto, sou dona do meu próprio partido. Daqui pra frente eles "terão que me engolir", já posso ser candidata a senadora, presidente da República, algo assim. Mas não é nada assim. A estrada é longa. É preciso reunir pelo menos 228 filiados em, no mínimo, nove estados brasileiros e, muito mais burocracia, para poder fazer parte desta casta de "donos de seus próprios partidos políticos" e ter direito a uma boa fatia da "verba partidária". Uau! Enfim, tá lançada a idéia, quem quiser entrar para a turma, já tenho adiantada a sigla partidária que é bem sugestiva: PQQP - Partido dos Que Querem o Poder. Ou ainda, simpresmente: PQP - Partido Que Pode; Partido da Querência Popular.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Existo, logo penso. - Nietzsche

Esta frase é uma delícia para os intelectuais. Todos querendo tirar uma lasquinha do Descartes. O jornalista Joelmir Betting, na Folha de São Paulo, já li faz tempo, escreveu: "Consumo, logo existo" - para descrever breve perfil da economia norte-americana. Acho que também quero tirar minha lasquinha: "Escrevo, logo existo", pelo menos neste cyberespaço - a mídia mais democrática que veio para desafiar todas as demais teorias da comunicação de massa.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Degustação curitibana

Meu amigo e colega jornalista Pierpaolo tem um blog no site http://www.bemparaná.com.br/ que é uma delícia. É sem jejum. Receitas, dicas de bares, botecos e baladas. Ele e sua mulher, a jornalista Paula Martins, descobrem cada cafofo delicioso na cidade. Aliás, Curitiba tem uns cantinhos maravilhosos para todos os públicos. Entra lá http://www.bemparana.com.br/semjejum/ e bom apetite!

Links da semana

www.barackobama.com
www.bemparana.com.br

Soapbox primary

Inicialmente, nos Estados Unidos, no século 18, os discursos eleitorais eram feitos sobre troncos de árvores. Em 1907, com aumento da venda de sabão em barra em caixas de madeira, o descarte da embalagem era muito grande e era comum encontrar caixa de sabão em qualquer canto. Assim, os políticos, em campanha eleitoral, improvisavam seus palcos e literalmente “subiam no caixote”. Daí a analogia do sabão às primárias nos Estados Unidos que passaram a ser chamadas de "soapbox primary". Outra analogia ao sabão é a expressão, “político-sabão” aquele que não resiste a um jato d’água e se dissipa. Ou quando desce do caixote vira bolha.

Soapbox

Soapbox – "Caixote de Sabão": O termo ficou famoso nas eleições de 1992, quando o então primeiro-ministro da Inglaterra, John Major decidiu retornar aos princípios básicos de campanhas políticas, visitando cidades e fazendo discursos para pequenos grupos de eleitores nas ruas, no lugar de ter grandes comícios organizados para a campanha. Daí a sugestão de que ele subiria na "caixa de sabão" para falar com o público.

Depois que a poeira baixar

No próximo dia 6 de agosto a tragédia de Hiroshima completa 63 anos. Às oito e quinze da manhã, aquele clarão em forma de cogumelo não era o brilho do sol na terra do sol nascente, era do bombardeiro B-29 norte-americano que lançou sobre a cidade japonesa o primeiro artefato nuclear da História. A cerca de meio quilômetro do chão, a bomba atômica explodiu, emitindo enorme luminosidade. Levou algum tempo para que os habitantes percebessem o alcance do que tinha acontecido. Atônitos, os sobreviventes vagavam como zumbis pela cidade destruída, pele descolada dos corpos, sofrimento exposto. Setenta mil pessoas morreram na hora, mais sessenta mil pereceram em menos de quatro meses e outras setenta mil nos cinco anos seguintes, vítimas da radiação do urânio. Três dias depois, uma segunda bomba, agora usando plutônio, foi lançada sobre Nagasaki. Novo massacre: setenta mil mortos instantâneos e igual número nos cinco anos seguintes.

Meu blog minha bolha

Meu Blog Minha Bolha. É assim que pretendo postar notícias atuais, notícias velhas, comentários de amigos, assuntos acadêmicos, novidades da política, Barack Oba! Mais quem? Mc Quem? é isso. Sobretudo muito bom humor com seriedade e ironia fina. Este texto na verdade é um teste para este blog. Vamos ver como vai ficar. Ou se vai virar bolha no ar, digo, na web.