terça-feira, 15 de julho de 2008

Depois que a poeira baixar

No próximo dia 6 de agosto a tragédia de Hiroshima completa 63 anos. Às oito e quinze da manhã, aquele clarão em forma de cogumelo não era o brilho do sol na terra do sol nascente, era do bombardeiro B-29 norte-americano que lançou sobre a cidade japonesa o primeiro artefato nuclear da História. A cerca de meio quilômetro do chão, a bomba atômica explodiu, emitindo enorme luminosidade. Levou algum tempo para que os habitantes percebessem o alcance do que tinha acontecido. Atônitos, os sobreviventes vagavam como zumbis pela cidade destruída, pele descolada dos corpos, sofrimento exposto. Setenta mil pessoas morreram na hora, mais sessenta mil pereceram em menos de quatro meses e outras setenta mil nos cinco anos seguintes, vítimas da radiação do urânio. Três dias depois, uma segunda bomba, agora usando plutônio, foi lançada sobre Nagasaki. Novo massacre: setenta mil mortos instantâneos e igual número nos cinco anos seguintes.

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