sexta-feira, 26 de junho de 2009

MORRE O ÍDOLO DA MINHA ADOLESCÊNCIA

Estou de luto porque o ídolo, o grande ícone da minha ADOLESCÊNCIA, morreu. Morreu Michael Jackson, aquele que cantou para mim quando descobri que menina é menina e menino é menino!, Que embalada por suas canções me apaixonei pela primeira vez, beijei pela primeira vez, dancei de rostinho colado. Foi quando ouvi pela primeira vez uma canção de Michael Jackson que senti aquele friozinho gostoso na barriga e desejei ao mesmo tempo que aquele menino desengonçado, lá do canto da garagem (dançante) me tirasse para dançar. E, mesmo sem saber, aprendia a dançar com o Michael que era ousado e cheio de energia. Ele vai, mas fica a sua verve pop da soul music que me contagia e vai me contagiar sempre. MICHAEL FOR EVER! and I WILL BE THERE!

TEXTO PUBLICADO NO DOMINIO PUBLICO

Acesse PRETOS, POBRES E PUTAS: ética no jornalismo policial

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=139142

quinta-feira, 18 de junho de 2009

FIM DA EXIGENCIA DO DIPLOMA PARA JORNALISTA

Taí uma boa notícia.
Trabalhei durante doze anos sem diploma e, por doze anos fui patrulhada por colegas e pelo sindicato da categoria. Nunca, no entanto, me senti menos, ou mais jornalista do que meus colegas (diplomados) da redação. Todavia, como havia fugido da escola - tinha interrompido, no terceiro período, meu curso de Comunicação Social/habilitação em jornalismo da Universidade Estadual de Londrina - achei que seria melhor para minha carreira profissional se eu voltasse ao mundo acadêmico, muito mais pela busca de uma melhor formação humana do que propriamente por causa do diploma. E, como o patrulhamento estava f... (forte), decidi unir o útil ao agradável. Voltei para a faculdade de jornalismo e aos 37 anos de idade, finalmente me formei JORNALISTA COM DIPLOMA de curso superior. Foi a glória. Teve cerimônia. Foi lindo. Foi na Ópera de Arame, em Curitiba, um teatro bacana, com produção da Polyndia, uma beleza. No dia seguinte, com aquele certificado nas mãos, fui ao Sindicato dos Jornalistas do Paraná, paguei cinquenta reais (nem me lembro se foi exatamente isso), só sei que paguei. Enfim, paguei para tirar finalmente minha carteira de JORNALISTA, com a Palavra "JORNALISTA" escrita em vermelho de forma transversal (bem ao estilo da ditadura militar - para manter o charme que o ranço daquele regime conferia à função, ou melhor, à PROFISSÃO). Tirei minha carteira, olhei bem pra ela, ou melhor para minha foto, que aliás é essa mesma do blog que eu gosto muito porque estou um charme ao estilo Ingrid Bergman (?). Então, olhei para aquela carteira e pensei: agora com isto em punho eu sou muito mais jornalista, muito mais competente, muito mais respeitada. UMA OVA! Nada mudou. Ninguém mudou, ninguém percebeu e, graças a Deus, EU NÃO MUDEI. Continuei sendo uma jornalista como era antes. Claro que cada dia sou uma pessoa diferente porque a cada dia aprendo mais, me ferro mais, tropeço mais, ganho mais, perco mais, amo mais, engordo mais, como menos, corro menos, leio mais, sei menos e por aí vai. E tudo isso que ao longo da vida vai grudando em mim, não vai sair de mim. Não será a obrigatoriedade de ostentar um diploma de jornalista que vai me tornar mais jornalista ou menos jornalista. Se a partir de agora, como afirmam os mais enlouquecidos, "só porque rasgaram meu diploma", não vou mais conseguir trabalho, é porque eu já deveria estar no olho da rua há muito tempo. Ou ainda, será que é o "rasgar do meu diploma" que vai finalmente diagnosticar que eu estava numa profissão equivocada. Será que agora, depois deter criado meus filhos e sustentado toda minha própria vida, meus vícios, às custas da minha pena (do meu talento, do meu faro, do meu texto, da minha ética, da minha curiosidade e sensibilidade na apuração0 dos fatos, etc..) é que vou ter que rever minha carreira?
Até que não é uma má idéia. Estou pensando seriamente em mudar. Quem sabe para Nova York.