quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Francisco meu querido Francisco

Nasceu, às 10h47 do dia 17 de setembro, Francisco, meu neto. Ele é, entre tantos presentes que a vida tem me dado, mais um presente de Deus. Ele veio encher minha vida de brilho e luz.
Francisco se eu fosse poeta escreveria pra voce uma linda poesia. Mas o que me ocorre no momento é pedir para que Sao Francisco de Assis lhe proteja e que voce, assim como ele, tenha fé na vida, nos homens, ame e respeite os animais.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Eu tive câncer de mama

Mulher, jornalista, 49 anos, pós graduada, estudante de direito, cheia de informação e também muito cheia de si mesma. Tão cheia de si que achou que isso só acontece com "as outras mulheres". Por causa disso, acreditei ser uma bem-aventurada ao ponto de somente aos 40 anos, em 2000, ter feito uma primeira e única mamografia. Pronto a situação estava resolvida. Ou seja, estava eu livre desse mal, certo! Errado. Deu tudo errado. O mês de agosto de 2009 estava apenas começando e eu pensei, caramba, dia 11 de setembro próximo vou completar 49 anos e já faz um tempão que nem sequer visito um ginecologista. Ninguém, afinal, vai ao ginecologista como se fosse ao cinema ou à missa, à balada (?). Sempre que encontrava meu ginecologista, o doutor Geraldo, no café, próximo ao meu trabalho, ele nem sequer me cobrava mais. Parecia ele também ter desistido.
Mas eu entendia seu olhar e dizia. "Doutor Geraldo eu te odeio, ou melhor, odeio ginecologista". Um dia ele brincou comigo: "eu também odeio meu proctologista, mas é graças a ele que estou aqui, vivinho da silva. Menina, não brinque com coisa séria", dizia ele, sempre.
Mas, voltando ao agosto de 2009. Tive uma gripe forte (não era a suína, mas era forte). Tomei alguns remédios e talvez por causa do stresse, medo de ficar com a H1N1 (a tal gripe suína), meu sistema imunológico ficou vulnerável e eu que também havia mudado de faculdade, de trabalho, estava com minha mãe doente, minha nora grávida, etc, acabei ganhando uma sistite. Aí então eu decidi procurar um urologista para curar minha "doença do xixi". E como já iria mesmo ao tal urologista (que busquei na lista telefônica) aproveitei para procurar (na mesma lista telefônica) uma GINECOLOGISTA MULHER. O urologista maracou para dia seguinte porque eu chrei pitangas para sua assistente. Disse que não estava conseguindo fazer xixi. Quanto à secretária da ginecologista, uma clínica próxima a do urologista (escolhi tudo perto porque sou uma mulher prática, pragmática e ocupadíssima). Então, a secretaria da ginecologista só marcou para a semana seguinte. E, bem no dia marcado, às 10h da manhã, eu finalmente iria conhecer a tal doutora Lina (aquele que seria minha ginecologista), e, bem nesse dia eu menstruei. Então pensei: nem vou lá, assim, menstruada. Nem vai dar para ela fazer os exames "ginecológicos". Quase desisti, mas algo mais forte do que eu dizia para que eu fosse, nem que fosse apenas para conhecê-la pessoalmente. Não tinha a menor noção. Só sabia que era uma mulher. Fui. E, quando me deparei com uma médica japonesa, 60 anos de idade, olhei bem naqueles olhinhos puxadinhos e parece que ela percebeu que eu precisava de socorro. Eu não percebi nada. Só disse-lhe que estava menstruada e que meu exame deveria ser adiado. Ela, de dentro de sua sabedoria oriental e de médica, claro, puxou umas guias (umas dez) de sua gaveta e foi preenchendo e dizendo, em tom de repreensão: "já que a senhora não costuma ir ao ginecologista, vamos aproveitar a oportunidade e vamos pedir alguns (?) exames - mamografia, ultrassonografia das mamas, ultrassonografia pélvica vaginal, do abdomem, exames de sangue, entre outros que nem sei dizer os nomes.
Saí do consultório dela com um bloco de guias e fui à Unimed para "carimbar". Ah! ela me pediu que fizesse a mamografia somente depois do período menstrual "para não doer muito". Eu, aliviada pensei, ainda tenho aí mais uns quinze dias. Dirigi-me a um desses laboratórios de diagnóstico por imagem e agendei para cinco dias seguintes. Nisso foram vinte e pouco dias, entre a minha primeira consulta e os exames. No laboratório fiz primeiro a dolorida mamografia e em seguida fui para a sala da ultrassom. Esses exames são constrangedores, mas não dói. O médico ultrassonografista ficou um tempão passando aquele aparelho cheio de gel nos meus peitos. E a todo momento ele dizia, tem algumas microcalcificações, precisamos investigar melhor. Eu, muito cheia de saúde, nem dei bola. O que são microcalcificações? Nada. Mas comecei a ficar preocupada quando a moça da mamografia (radiografia da mama) pediu para que eu repetisse o exame. Ela disse: acho que não fiz a coisa direito, vamos repetir?
- Confesso. Fiquei cabreira. Repetimos. Ela apenas pediu para eu por a blusa de volta e disse, "dentro de dois dias fica pronto e a senhora pode vir buscar aqui mesmo, direto na recepção". Fui pra casa tranquila. No dia seguinte fui para a aula de manhã e próximo de meio-dia fui levar minha sobrinha de Boston para conhecer o JARDIM BOTÂNICO. Era pouco mais de meio-dia, entra um número desconhecido no meu celular - era do laboratório e a radiologista me pede para levar-lhe a última mamografia. Eu disse: mamografia? A última? Aí disse a ela que a última havia sido feita em 2000 e eu já havia colocado no lixo que não é lixo porque não tinha dado nada. Ela quase me deu um pito. Mas para não me preocupar, disse que a médica faria o diagnóstico assim mesmo. Desliguei o telefone e senti um frio na espinha. Chorei de desespero e minhas sobrinhas me acalmaram, dizendo: "fica fria tia, é só um exame de rotina e quem vai ter que dar o diagnótico será sua médica que pediu o exame".
Depois eu conto mais....

Jardim Botânico cor-de-rosa


A Prefeitura de Curitiba e o Instituto Humsol vão colorir o Jardim Botânico, o cartão postal mais fotografado da cidade. A partir do dia 1 de outubro ele será iluminado de rosa, assim como outros importantes postais do mundo inteiro. A medida visa conscientizar as mulheres sobre a importância da mamografia e de outros exames clínicos para o diagnóstico precoce do câncer de mama.

OUTUBRO ROSA

A Prefeitura de Curitiba e o HUMSOL promovem em 2009, o projeto Outubro Rosa.Para chamar a atenção da população sobre a importância da detecção precoce do cancer de mama, a estufa do Jardim Botânico será iluminada com lâmpadas em tom rosa.
O Outubro Rosa é um evento mundial que teve origem nas cidades de Yuba e Lodi, na Califórnia, USA, e tem o objetivo de dar visibilidade à causa do câncer de mama, a fim de conscientizar sobre a importância do diagnostico precoce da doença.
Curitiba terá, também, afixado no prédio da Secretaria Municipal de Saúde, laço na cor rosa.
Fazem parte do projeto global, a iluminação, com lâmpadas na cor rosa, de monumentos históricos, como a Torre de Pisa (Itália) e Arco do Triunfo (França). No Brasil fazem parte do projeto os municípios de São Paulo (Museu de Arte Moderna - MAM), Rio de Janeiro (Cristo Redentor) e a Usina do Gasômetro e o Palácio Piratini, em Porto Alegre, que há três anos recebem luzes especiais, assim como o Memorial JK, em Brasília.
Também em outubro, Curitiba vai sediar o XVIII Congresso Brasileiro de Cancerologia (Concan 2009), o maior evento científico da especialidade na América do Sul. Promovido pela Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), vai reunir mais de 4 mil especialistas entre brasileiros, europeus, americanos e asiáticos, no Expo Unimed Curitiba.